Endêmica do estado do Rio de Janeiro, ocorrendo nos municípios de Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Maricá e Rio de Janeiro, em altitudes de 20 a 42 m (Barros, 2011; Barros e Morim, 2014).
Arbusto ou liana endêmica do estado do Rio de Janeiro, ocorrendo nos municípios de Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Maricá e Rio de Janeiro, principalmente em formações de Restinga (Barros, 2011; Barros e Morim, 2014). Apresenta EOO=1998 km² e AOO=28 km², e sua população encontra-se severamente fragmentada. A principal ameaça para essa espécie está relacionada a empreendimentos imobiliários que afetam as formações de restingas na área específica onde a espécie foi registrada no município de Armação dos Búzios (Pereira et al., 2011) e na Região dos Lagos como um todo (Dantas et al., 2001). A região do Pico do Alto Mourão, onde a espécie foi coletada no município de Maricá, e que integra a Serra da Tiririca, foi alvo de um empreendimento imobiliário que impulsionou a criação do PE da Serra da Tiririca e, mesmo assim, até hoje sofre pressão da expansão urbana (Barros, 2008). Além disso, no PE da Serra da Tiririca, há relatos de incêndios florestais, invasão de espécies exóticas e turismo desordenado (Barros, 2008). No PNM da Prainha, localidade de ocorrência da espécie no município do Rio de Janeiro, o turismo também é considerado um distúrbio para a vegetação nativa (Rinaldi, 2005). Considerando esse conjunto de ameaças, estima-se que a espécie esteja sofrendo declínio contínuo da EOO, AOO, qualidade do hábitat e no número de subpopulações.
Phytologia 88(1): 59. 2006. Acacia mikanii Benth., Trans. L. Soc. Lond. 30(3): 526. 1875. A espécie apresenta grande similaridade com S. miersii, conforme relatado nos comentários daquela espécie, diferenciando-se pela forma dos folióluos, pelo fruto do tipo folículo e sementes marginadas e planas (Barros, 2011).
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 1.1 Housing & urban areas | locality,habitat,occurrence | present,future,past | regional | very high |
Mesmo inserida na APA do Pau Brasil, a região no entorno de José Gonçalves e Caravelas, localidades onde a espécie foi coletada, é muito visada por empreendimentos de resort. Na praia de Tucuns, vizinha a José Gonçalves, o resort SuperClubs Breezes Búzios, em faze de conclusão, representa uma perda de 7,88 ha de formações naturais de dunas (Pereira et al., 2011). Na Praia do Peró, vizinha a Caravelas, o projeto do mega-resort Reserva do Peró, conta com 450 ha de área, representando um impacto direto às formações naturais de dunas e à vegetação de restinga associada, o que significaria uma perda do maior remanescente desse ecossistema no estado (Pereira et al., 2011). A intensa expansão imobiliária, propulsionada pelo turismo de veraneio na Região dos Lagos, acarreta em fortes impactos ambientais da vegetação natural da região, diversos loteamentos indiscriminados causam consideráveis danos ambientais, que, além de destruírem a vegetação de Restinga, promovem a contaminação das lagunas costeiras e do lençol freático. Somado a isso, ainda, a ocupação de antigas salinas para empreendimentos imobiliários e a exploração de areia para a construção civil exercem forte pressão em uma região de delicado equilíbrio ecológico (Dantas et al., 2001). O Pico do Alto Moirão, em Itaipuaçu (Maricá), outra localidade onde a espécie foi encontrada, também encontra-se em uma área visada pela especulação imobiliária. Em 1989 a empresa Ubá Imobiliária desmatou e tentou lotear a área conhecida como Córrego dos Colibris. A ação foi denunciada à Prefeitura pelos moradores e biólogos pesquisadores, impulsionando a criação do Parque Estadual da Serra da Tiririca. O intenso crescimento urbano nos dois municípios de ocorrência do Parque Estadual da Serra da Tiririca (Niterói e Maricá) e a falta de políticas públicas engajadas com a conservação da região são alguns dos mais graves problemas enfrentados por esta Unidade de Conservação (Barros, 2008). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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2 Species stresses | 7.1.1 Increase in fire frequency/intensity | habitat,locality,occurrence | past,future | regional | high |
O fogo também é um problema comum nos afloramentos rochosos do Parque Estadual da Serra da Tiririca (Barros, 2008). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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2 Species stresses | 1.3 Tourism & recreation areas | habitat,occurrence | present | regional | medium |
O turismo ocorrente no interior e arredores do Parque Estadual da Serra da Tiririca é realizado de maneira desordenada e com carência de fiscalização (Barros, 2008). A abertura de trilhas para acesso de turistas no Parque Natural Municipal da Prainha exerce pressão antrópica sobre a vegetação (Rinaldi, 2005). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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2.3.2 Competition | 8.1 Invasive non-native/alien species/diseases | habitat,occurrence | present,past | regional | medium |
A invasão de espécies exóticas é um problema existente no Parque Estadual da Serra da Tiririca (Barros, 2008). | |||||
Referências:
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Ação | Situação |
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1.1 Site/area protection | on going |
Coletada no Parque Natural Municipal da Prainha (J.M.A. Braga 7439), no Pico do Alto Moirão (R.H.P. Andreata 616), que está inserido no PE da Serra da Tiririca, e perto das praias de José Gonçalves (P.R. do C. Farág 380) e Caravelas (H.C. de Lima 5417), área contida na APA do Pau Brasil. |